O Insper anunciou, no início da noite desta terça-feira, 12, um acordo inédito na América Latina com a OpenAI, empresa criadora do ChatGPT, para disponibilizar a versão educacional da ferramenta — o ChatGPT Edu — a todos os alunos, professores, pesquisadores e equipes administrativas da instituição. Com a parceria, o Insper se torna a primeira faculdade da região a adotar o modelo educacional da inteligência artificial generativa para toda a comunidade acadêmica.

Biblioteca Telles, do Insper. Foto: Insper – Divulgação

Com acesso ampliado ao GPT-5, o ChatGPT Edu oferece recursos como interpretação de textos, programação, análise de dados, edição e resumo de documentos, com a garantia de que conversas e dados não serão usados para treinar os modelos da OpenAI. A tecnologia é adaptável ao perfil de cada usuário, personalizando respostas e explicações de acordo com a área de estudo ou interesse. Entre as funcionalidades, destaca-se o novo modo de estudo baseado no método socrático, que conduz o aluno por perguntas e etapas em vez de fornecer respostas diretas.

Alunos durante aula de Ciência da Computação no Insper. Foto: Germano Lüders

O presidente do Insper, Guilherme Martins, afirma que a iniciativa reflete a postura da instituição diante de transformações tecnológicas. “Diante de um fenômeno como a IA generativa, a pior decisão é permanecer inerte. Inovação e excelência caminham lado a lado — e nosso objetivo é unir o melhor da tecnologia ao compromisso de melhorar a vida das pessoas”, declarou.

Da esquerda para a direita: André Filipe, professor e diretor de Tecnologia do Insper; Guilherme Martins, presidente do Insper; e Fábio Mori, Account Director para educação na OpenAI. Foto: Insper – Divulgação

Além de potencializar o ensino e a pesquisa, a solução também será aplicada a processos administrativos, como o recebimento e análise de atestados, transcrição de processos disciplinares e validação de documentos. A instituição já utiliza IA para identificar sinais de risco à saúde mental de estudantes, cruzando informações como frequência e desempenho acadêmico.

Para a OpenAI, o acordo representa uma oportunidade estratégica de explorar aplicações educacionais em um ambiente acadêmico de excelência. “Experimentar é muito importante para entender o que você pode fazer, quais são os limites e como as mudanças acontecem”, afirmou Fábio Mori, Account Director para educação na OpenAI e ex-aluno do Insper.

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